Fotografia: Natan Henrique de Faria e Sales
Pagã com flores no regaço
Fiquemos a nos fitar
Sem nos ver mas a olhar,
Prisioneiros do que somos,
A imagem que não fomos,
Que é cinza lançada ao mar.
Colhamos, pagãos tardios,
Sonhos distantes e esguios
Como flores a morrer,
E nos bolsos do Querer
Que sejam desejos frios.
E talvez num fim de tarde,
Quando a pele se nos arde,
Lembremos do que passou,
Cada um no que sonhou:
O que agora é pouco alarde.
Vivamos para Amanhã,
Esta pobre tecelã
De redes de sonhos fúteis.
As palavras são inúteis:
- Calemo-nos, minha irmã.
Afro Samurai Release Date
Há 3 anos
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