Tive meses de uma prostração sombria. Uma grande má vontade para com tudo. Um desejo, recalcado, de me subtrair à vida. Abandonei-me, senti vontade de correr e não mais parar, quis escorregar pelo beco sujo que é o destino. Mas, no momento decisivo, sobreveio o medo. O medo de me deixar cair e encontrar no fundo a minha imagem, o meu rosto contorcido num sorriso irônico, o meu olhar opaco a me dizer que era ainda ilusão.
Retorno. Não sei se para mim ou se para a vida. Ronda-me ainda a imprecisão do passo que não dei. Há mais de mil maneiras de se arrepender! Mas uma idéia, como uma agulha, espeta-me a consciência: não importa como, nunca estamos sozinhos.
Retorno. Não sei se para mim ou se para a vida. Ronda-me ainda a imprecisão do passo que não dei. Há mais de mil maneiras de se arrepender! Mas uma idéia, como uma agulha, espeta-me a consciência: não importa como, nunca estamos sozinhos.
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